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TAXA SELIC SEGUE EM 15%

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Não houve surpresa, em dois dias de reunião do Comitê de Política Econômica (Copom), do Banco Central, confirmou-se que a taxa básica de juros continuará em 15% ao ano. A decisão foi anunciada, na quarta-feira (05/11), logo depois do fim do segundo dia de reunião. “O Copom decidiu manter a taxa básica de juros, e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”, destaca a nota do BC.
O ambiente externo ainda se mantém incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, com reflexos nas condições financeiras globais. “Tal cenário exige particular cautela por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão geopolítica”, cita a nota. Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores segue apresentando, conforme esperado, trajetória de moderação no crescimento da atividade econômica, mas o mercado de trabalho ainda mostra dinamismo.
Marcelo Bolzan, planejador financeiro e sócio da The Hill Capital, que a decisão foi totalmente dentro do esperado. “Foi uma decisão unânime, então totalmente aqui dentro das expectativas. Nada fora do esperado. Mas o tom do comunicado veio hawkish, mais duro, surpreendendo”, destaca.
Na opinião dele, foi mantido o tom duro da última ata. “Todo mundo já estava imaginando uma sinalização um pouco mais tranquila. Acho que o grande destaque aqui do comunicado foi reconhecer que a inflação mostra um pequeno arrefecimento, o que é positivo”, exemplifica.
Para Bolzan, ficou claro que será mantida a taxa de juros em 15% ao ano na reunião de dezembro. “No comunicado, o Copom continua dizendo que o cenário exige uma política monetária em patamar significativamente contracionista por um período bastante prolongado, sinalizando que vai continuar alto para os próximos meses ainda”.
Bolzan acrescenta que ficou evidente que não existe possibilidade de o Copom já começar a derrubar os juros nesse ano. “E acredito que também não teria nem como. Quando a gente olha os principais indicadores econômicos, a inflação está acima do teto da meta, e a situação econômica do país não está ruim. Temos um mercado aquecido. A atividade está desacelerando, mas o PIB vai crescer 2% esse ano, não é um PIB ruim”.
Segundo Bolzan, outro dado importante na análise é que o desemprego está baixíssimo, patamares de 5,6%, é um dos menores patamares de toda a série histórica. “Se a política fiscal estivesse alinhada com a política monetária, sendo restritiva nesse momento também, certamente os juros já poderiam ter começado a cair e poderia cair muito mais lá na frente”. Eu acredito que no início de 2026, já em janeiro, o Banco Central tem espaço para começar o processo de corte de juros.
As expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus permanecem em valores acima da meta, situando-se em 4,5% e 4,2%, respectivamente. A projeção de inflação do Copom para o segundo trimestre de 2027, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,3% no cenário de referência.
O Comitê afirmou que continuará acompanhando os anúncios referentes à imposição de tarifas comerciais pelos EUA ao Brasil, e como os desenvolvimentos da política fiscal doméstica impactam a política monetária e os ativos financeiros, reforçando a postura de cautela em cenário de maior incerteza.
Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Gabriel Muricca Galípolo (presidente), Ailton de Aquino Santos, Diogo Abry Guillen, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, Izabela Moreira Correa, Nilton José Schneider David, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.

FONTE: 05/11/2025 – MONITORMERCANTIL

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