Em junho, receita do segmento recuou 2,2%, primeira queda desde outubro de 2023
O setor de bares e restaurantes registrou crescimento de 2% na receita real nos seis primeiros meses de 2025, em relação ao mesmo período de 2024. O dado faz parte de levantamento realizado pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR) em parceria com a Future Tank, a partir da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE divulgada em agosto.
Embora o semestre tenha registrado desempenho positivo, junho trouxe a primeira retração desde outubro de 2023. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a receita real do setor caiu 2,2%, já descontada a inflação. O resultado destaca o setor de serviços como um todo, que avançou 2,8% no período, consolidando a 15ª alta consecutiva.
O contraste mostra como a atividade de bares e restaurantes ainda enfrenta oscilações mensais, mesmo em um cenário de crescimento no acumulado do ano, conforme análise da associação. A queda em junho interrompeu uma sequência de oito meses seguidos de expansão e evidencia a sensibilidade do setor diante de variações no consumo das famílias e nos custos de operação.
Ainda assim, o saldo acumulado do setor segue relevante para o desempenho da economia de serviços. Segundo os dados analisados pela ANR, a atividade respondeu por parte importante da expansão de 2,5% registrada pelo setor de serviços no primeiro semestre de 2025. O avanço confirma o peso da alimentação fora do lar dentro da estrutura de serviços, funcionando como um dos segmentos que mais contribuem para o resultado agregado.
Consumo fora de casa ganha novos formatos
Já dados da pesquisa “Alimentação hoje: a visão do consumidor”, realizada pela Galunion, mostram quais os principais destinos buscados por este público.
O levantamento foi feito entre 14 e 22 de agosto de 2025 com 1.046 pessoas das classes A, B e C em todo o país, e revela locais de consumo fora do lar que vão além do convencional: 52% pretendem consumir refeições, alimentos ou bebidas em feirinhas e festivais gastronômicos nos próximos seis meses. Na sequência, aparecem locais como os food halls com 46%, seguidos por supermercados, empórios e mercados com 39%, lojas de conveniência com 29% e espaços culturais com 25%.
FONTE: 03/10/2025 – MONITORMERCANTIL
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